Houve uma época em que as comemorações do Natal duravam até 12 dias! Dá para acreditar?
Pois é. Essa época foi na Antiguidade. A duração de 12 dias se dava por ter sido o tempo que os três Reis Magos (Melquior,
Baltazar e Gaspar) levaram para chegar à Belém, levando os simbólicos
presentes ao Menino Jesus: ouro (que significava a riqueza), mirra (que
significava a pureza) e incenso (que simbolizava a fé).
Nem
sempre, também, a comemoração do Natal ocorreu no dia 25 de dezembro.
Essa data foi estipulada no século 4. Essa data, ou melhor dizendo, esse
período pertencia às comemorações ditas pagãs das Eras pré-cristãs,
como as Saturnálias, festival romano em honra ao Deus Saturno, representando a morte e o renascimento. Era um festival que celebrava o Solstício de Inverno
(período de grande importância a todos os povos antigos, que prevalece
ainda hoje em alguns países), representando o final do ano velho e
início do ano novo.
Como
o Solstício de Inverno é tido sendo o "Renascimento do Sol", e muitos
Deuses da Antiguidade tinham suas homenagens nessa época, a Igreja se
aproveitou do fato para homenagear o seu próprio Deus-Sol, Jesus de Nazaré.
Árvore de Natal
As
árvores, para os povos antigos pré-cristãos, sempre foram de grande
simbolismo, consideradas até representações de divindades. Seu culto (a Fitolatria) e simbolismo estão presentes em várias civilizações: egípcios, gregos, germanicos, judeus, escandinavos, africanos etc.
Quando chegava a época do Solstício de Inverno, os povos dos Países Balticos
(Lituânia, Letônia e Estônia), escolhiam um belo pinheiro na floresta,
cortavam, levavam para dentro de suas casas e o enfeitava. Essa tradição
foi absorvida pelos germânicos. A primeira Árvore de Natal oficialmente criada para esse fim, foi montada em 1510, em Riga, na Letônia.
A
prática de montar uma Árvore de Natal faz parte das tradições católica,
protestante e ortodoxa. Há, inclusive, uma versão sobre a criação da
árvore natalina na sua concepção moderna por Martinho Lutero, o Reformista e preconizador da Reforma Protestante.
Martinho Lutero, personalidade de grande sabedoria, deveria ter sua
história estudada pelos evangélicos, para compreenderem a verdadeira
essência do Protestantismo, tão deturpada hoje em dia por mentiras e
abusos.
"Se eu soubesse que o mundo acabaria hoje, plantaria uma árvore."
Presépio
Em 1223, o primeiro presépio foi montado em argila, por São Francisco de Assis.
E, nesse ano, ao invés de celebrar o Natal dentro da igreja, o Santo o
celebrou na floresta, onde montou o cenário simbólico do nascimento de
Jesus, como uma forma didática de explicar o cristianismo aos
camponeses. A ideia se espalhou e passou a ser utilizada também nas
igrejas, mosteiros e catedrais, se expandindo para fora dos prédios
santos e adentrando as casas e castelos de nobres e reis da Idade Média,
até se popularizar no século 18 e se espalhar por toda a Europa e, daí,
para o mundo cristão.
Os
elementos que compõe o presépio são: Menino Jesus; Virgem Maria; São
José; gruta ou curral (que é o local, simbolizando a simplicidade do
nascimento do Cristo, que não veio em palácios ou casas ricas);
manjedoura (que é o comedouro dos animais, feito de berço ao Menino);
jumentinho e/ou vaca (mostrando que o Messias nasceu entre os animais,
os mais humildes e serviçais ao homem); Anjos (os anunciadores do
nascimento do Messias); pastores (que representam o povo, o homem
humilde, para o qual nasceu Jesus); Estrela de Belém (a estrela
anunciadora que guiou os três Reis-Magos); os três Reis-Magos, em
sentido de adoração.
Papai-Noel
Ao
contrário do que dizem as lendas de internet, Papai Noel ou Pai Natal
(para os portugueses), não é uma criação da Coca-cola. Há estudiosos que
atribuem essa personagem mítica ao arcebispo Nicolau Taumaturgo,
nascido em Mira, na Turquia, em 280 d.C. Foi tornado santo pela Igreja
Católica, após comprovação de vários milagres em seu nome, e seu dia de
comemoração é o 6 de dezembro. A popularização de São Nicolau como
símbolo natalino se deu na Alemanha, daí se espalhando para o mundo
cristão.
Essa figura moderna de Papai Noel é atribuída ao cartunista Thomas Nast, que criou a imagem como hoje a conhecemos, publicada na revista alemã Harper’s
Weeklys, em 1886. Porém, em 1931, a Coca-cola utilizou a figura
idealizada por Nast em uma campanha publicitária, na intenção de
promover o consumo do refrigerante também no inverno, época de piores
vendas para a companhia. A campanha foi um sucesso e acabou
popularizando ainda mais tanto a bebida quanto o Bom Velhinho.
A residência oficial de Papai Noel fica nas montanhas de Korvatunturi, na cidade de Rovaniemi, na Lapônia, Finlândia. O endereço é esse, caso queira enviar sua cartinha no ano que vem:
Santa Claus
FIN-96930 Arctic Circle
Rovaniemi - Finlândia
No Brasil, há a "Casa de Veraneio" de Papai Noel em Penedo, distrito de Itatiaia, no Rio de Janeiro. E em Gramado, no Rio Grande do Sul, há a Aldeia de Papai Noel, que recebe visitantes de todo o país nesta época.
Mesmo
nesses tempos modernos de jatinhos particulares, o Velho de Vermelho
ainda parece preferir o trenó voador como principal meio de transporte.
Mas seu trenó apenas tem a capacidade de voar por causa das 9 renas
mágicas: Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago.
É isso aí, pessoal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário