13 de fev. de 2013

Gente nova em casa

Bem que dizem que o carnaval é um período curto que pode trazer problemas pro resto do ano - ou resto da vida. Até quem nem passa perto de um bloco ou algum fantasiado, pode encontrar um desses problemas pela frente.

O meu é essa pessoinha aí ao lado.

Que cruel da minha parte chamar essa coisiquinha de problema, não é?

Mas, sim. Ele, em si, não é problema. O problema são os outros - melhor especificando: o problema são as pessoas humanas. Aah, e como são problemas! Pessoas infelizes, submersas em ilusões e auto-ignorância, que só aparecem pra encher o saco!

Bem, vamos ao coisiquinha, que ainda não ganhou nominho, porque preciso pesquisar um que seja digno dele.

Encontrei esse pequenino no sábado, logo que saí de casa, jogado num ponto de van, quase indo pra estrada! Mais um minuto ou um ignorante por perto, e seria um gatinho a menos no mundo.

Sem saber o que fazer, carreguei ele e fui pedir ajuda. E nas duas ajudas em relação a ele, eu errei nas duas. Na primeira, poderia ter evitado aquela expressão de cú naquela cara de bunda daquela velha ridícula que chamam de Dona Neide, que se intrometeu na conversa que eu estava tendo com uma amiga, a quem fui primeiro pedir ajuda. Quero que aquela velha maldita morra seca como os bichos que ela envenena com chumbinho! E que agonize bastante antes!

A segunda ajuda foi um sms para um "amigo" que, obviamente, não ajudou nada e ainda me jogou uma piadinha idiota, a qual tive que mandá-lo se afogar em cana e morrer, ir debochar da PqP. Beleza, um "amigo" inútil a menos.

Revoltada, eu? Imagina! Esse tipo de situação somente faz emergir o meu lado negro da força! Se tem algo que me deixa cheia de ódio no coração é gente escrota, e pior se é covarde que gosta de sacanear bicho! Não tenho compaixão nenhuma por gente assim! Gente que maltrata animal é gente ruim, que faria (ou faz) o mesmo com outras pessoas se não fosse tão covarde ou se tiver oportunidade.

Depois que Hassan morreu, no ano passado, eu prometi a mim mesma que não criaria nenhum outro bicho enquanto morasse na casa onde moro (sou uma agregada e não mando em nada por lá), só viria a cuidar novamente de bicho depois que eu estivesse na minha própria casa, em que eu poderei trancar todo mundo lá dentro para protegê-los dos malditos humanos.

Hassan morreu em consequência de um envenenamento que sofreu um ano antes. Consegui salvá-lo no desespero, por sorte tendo uma clínica veterinária com plantão noturno perto de casa. Embora tenha sido tratado com medicamentos (até onde ele permitiu, pois ele tinha verdadeiro horror a remédios), o veneno que não conseguiu matar na hora continuou a corroer o organismo do gato, até que ele adoeceu e morreu de vez. Depois dele, não queria mais nenhum outro.

Mas como virar as costas quando algo tão pequenino e desamparado passa na sua frente?

Por duas vezes antes, eu virei as costas para outros (um filhote sozinho e uma ninhada de 4), na esperança de que outros os acolhecem. O primeiro encontrei morto na rua dias depois. A ninhada... bem, espero que eles tenham tido melhor sorte! Minha consciência dói até hoje - remorso! Evitei ajudar aqueles anjinhos pra não ficar ouvindo martelarem nos meus ouvidos. Hoje, quem me martela a cabeça é minha própria consciência! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! O melhor seria me zumbidificar! Ser um incosciente neste mundo é uma benção!

Pelo menos, desta vez, minha consciência não vai me martelar. Desisti de buscar ajuda dos outros e como o pequenino foi até bem aceito lá em casa, então ficará conosco - espero que por todos os anos que um gato pode ser capaz de viver até morrer naturalmente.

O coisiquinha, apesar de muito pequenino e de corpinho frágil (tá pele e osso!), já se mostrou tão esperto, mas tão esperto que já sabe se comunicar pra ir na areia (banheiro de gato), já escolheu os lugares pra dormir (minha cama é um) e já até caçou! E umas três vezes! Ele deve ter, no máximo, 2 meses de idade, mas já é um exímio caçador de baratas! É, deliciosas baratas crocantes que vem da rua e se enfiam pelas plantas do quintal. E vai tentar evitar que ele coma tais iguarias! O tiquinho de gato vira onça brava! E adivinha se tenho coragem de meter a mão na barata e tirar dele? Não por ele, mas pela barata mesmo! Já é muito eu não me descabelar quando vejo uma ¬¬'

Ficou agarrado comigo pelos quatro dias de carnaval, em que fiquei de folga em casa. Hoje, quando saí pra vir ao trabalho, tive que fechar a porta na carinha dele pra que não viesse atrás de mim. Ficou lá na sala, miando com aquele miadinho fino de bebê.

Como é possível existir pessoas que afirmam odiar tais criaturinhas? Não gostar no sentido de 'não simpatizar' é uma coisa. Ninguém é obrigado a gostar de nada, nem de ninguém. Mas não gostar a ponto de promover maldades, aí existe um desvio de caráter tão grande que o certo é se desviar e evitar gente assim - são pessoas perigosas, que matam os outros com sua infelicidade e sua escuridão.

O coisiquinha ainda não tem nome. Pensei em chamá-lo de Omulu ou Xapanã, por ser preto-e-branco (cor desses Orixás - que são os mesmos - e a cor da Linha de Preto-velho), mas não achei os nomes sonoros... alguma sugestão?




2 comentários:

Unknown disse...

Ele é mesmo uma coisiquinha muuuuiiito fofa :-D
Já tive muitos cachorros e gatos, a maioria adotados ou que vieram, ficaram e foram muito bem cuidados e amados. Atualmente temos 5 cachorros(1 macho e 4 fêmeas) e 3 gatinhos(na casa dos meus pais) e uma cachorrinha na minha casa,todos abandonados e a a maioria com graves problemas de saúde que foram cuidados com muita dificuldade e fé :-D
Eu concordo com você com tudo em relação a está praga que povoa o mundo: estes lixo ambulantes que não gostam de animais e tentam prejudicá-los, ou que não fazem nada para ajudar e ainda debocham de quem faz. Este tipo de lixo fica muito bem longe das nossas vidas.
Um nome legal é Kuro (preto), ou Neko (gato) ;-)
Bj, Aris e uma lambidinha no fofo.

Unknown disse...

Oi, Pat!
Olha só, o gatinho é muito fofo mesmo. E, sim, o mundo tá perdido, qdo pensamos nas maldades do povo contra os bichinhos. Eu sinceramente, amaria trabalhar em um zoológico, numa clínica veterinária, numa Ong de proteção aos animais: Ao menos, os bichos são perfeitos no amor pelos seres humanos, o amor deles por nós é total e irrestrito (ao contrário do amor humano, tão falho e cheio de obstáculos...).
Eu nunca vi um gato abandonado por aqui, senão já teria pegado tbm! Mesmo morando num apartamento e já tendo uma "filha peluda" brava feito onça, eu gostaria de adotar mais um, :D
Sugestões para nomes: Dudu (tive 2 Dudus e sempre sinto saudades de ambos...), Mitcho (meu primeiro gato, rs), Fênix (renascido!).

Bjosss para todos os gatos e gata!
:)

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