A noveleta K'ien ganhou a sua primeira resenha pelas mãos-de-fada de Jossi Borges, escritora, blogueira e web-designer.
Confira o que a parceira tem a dizer sobre o conto... talvez você até se anime a lê-lo online ou baixar a versão pdf para ler em qualquer lugar, a qualquer hora :)
Abaixo, uma compilação explicativa sobre os Trigramas do I-Ching, a arte divinatória e filosófica que influenciou e muito na construção de K'ien ^^
TRIGRAMAO simbolismo chinês dos trigramas, cujo princípio teria sido revelado a Fu-hi (século XXIV antes de Cristo) por um dragão saído de um rio, baseia-se na combinação de duas determinações — o traço contínuo corresponde ao yang, o descontínuo ao yin. Todas as modalidades do desenvolvimento da manifestação, a partir da polarização da Unidade primeira, exprimem-se portanto, em quatro diagramas, em seguida, ern oito trigramas que resumem todas as possibilidades de combinações ternárias, portanto, perfeitas, do yin e do yang: o yin e o yang concertam-se e harmonizam-se, diz Tchu-ang-tse. No ternário, os três traços superpostos correspondem à situação respectiva do Céu, do Homem e da Terra; daí vêm as práticas adivinhatórias derivadas do I-Ching. Combinados de dois em dois, em forma de hexagrama*, os oito trigramas (pakua) constituem 64 hexagramas superpostos, celestes e terrestres, respectivamente.Os trigramas são dispostos em círculo em torno do yin-yang*, cuja manifestação eles exprimem sob todos os seus aspectos. O I-Ching é o livro da mutação circular dos trigramas. A forma primitiva do caracter yi seria a do camaleão. Assim, os trigramas vêm corresponder aos oito ventos (as oito direções do espaço), aos oito (ou melhor, nove) elementos, pois a terra está no centro. Correspondem às oito colunas do Ming-t'ang, aos oito raios da hora e, por analogia, aos oito caminhos da Via búdica. Existem duas disposições tradicionais ditas de Fu-hi, ou do Céu anterior (Sien-fien) e de Wen-wang, ou do Céu posterior (Heu-t'ien). Não parece haver nenhuma hierarquia de valor entre essas duas disposições igualmente utilizadas, mas a primeira é relacionada a Hot'u, e a outra, a Lo-chu de Yu-o-Grande: é a passagem da cruz simples à suástica, da estabilidade inicial ao movimento. É preciso não esquecer que as interpretações adivinhatórias — secundárias e, até certo ponto, decadentes, mas às quais o caracter kua parece referir-se — são atribuídas a Wen-wang. O I-Ching, diz Tscheu T'ucn-yi, contém os arcanos do Céu e da Terra, das manes e dos espíritos; o que implica a possibilidade de descobrir não somente os segredos do destino através de varinhas de aquiléia, mas também, e sobretudo, os da manifestação inicial. É preciso acrescentar que, por corresponderem a correntes de energia cósmica, os trigramas — em todos os tempos, e mesmo hoje em dia — são utilizados como proteção mágica: é possível encontrá-los sobre as portas das casas chinesas e vietnamitas.O sistema de correspondência dos oito trigramas é, em resumo, o seguinte:— K'ien, a perfeição ativa — três traços yang (=), corresponde ao Céu, ao sul ao verão, à energia produtora, ao macho, ao Sol;— K'uen, a perfeição passiva — três traços yin ( = ), corresponde à Terra, ao norte, ao inverno, à receptividade, à fêmea, à Lua;— Tch'en, o abalo, corresponde ao trovão, ao nordeste, à chegada da primavera;— Siuan, a doçura, corresponde ao vento, ao sudoeste, ao fim do verão;— K'an, o abismo, corresponde à água, ao oeste, ao outono;— Li, corresponde ao fogo, ao leste e à primavera;— Ken, a pausa, correspondente, à montanha, ao noroeste, ao início do inverno;— T'uei, o vapor, correspondente ao pântano, ao sudeste, ao início do verão; tudo isso na disposição de Na de Wen-Wang, li e k'an, o fogo e a água, são sul e norte, Sol e Lua, verão e inverno, vermelho e preto; tch'en e t'uei, abalo e água parada, são leste e oeste, primavera e outono, madeira e metal, verde e branco. As duas disposições obedecem a sistemas distintos, porém não contraditórios.No simbolismo alquímico, li e k'an representam ainda a colocação em ação dos princípios k'ien e k'uen, celeste e terrestre. Eles são os dois elementos complementarei da Grande Obra: li e k'an são o chumbo e o mercúrio, o sopro e a essência (k'i e tsing). A morada de k'uen ou de k'an é a região sagrada de onde se eleva o tsing, o sêmen; a morada de k'ien é o ajna-chakra, situado entre os olhos, do onde desce o k'i luminoso. A união do ki o do tsing no crisol interior, portanto a de li e de k'an, e por conseguinte, de k'ien e do k'uen, reconstitui a unidade primordial, anterior à diferenciação do Céu e da Terra: assim se adquire a imortalidade. Segundo o I-Ching, is uniões constitutivas de hexagramas representam o final, ou a penetração fecundante da Terra pelo Céu, geradora da paz, seres e do Embrião da imortalidade.
Texto extraído de http://profeciasnet.com.br/
4 comentários:
Caramba, que capa linda, foi vc quem fez?
Oi, Celly!
Quem me dera!
A ilustração encontrei na net e me pareceu se encaixar bem na proposta do conto. As letras foram a Jossi que colocou ;)
O conto é lindo, quem deixar de ler não sabe o que está perdendo! É uma viagem para outros mundos, entre deuses e criaturas da mitologia Oriental. Muito bom!
º/
Eu te amo, Jossi!
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