24 de set. de 2012

Tatu-bola: nosso Mascote da Copa de 2014

Futebol, copa e muito dinheiro destinado a essas tralhas à parte, a postagem é apenas para blogar sobre o nosso fofíssimo mascote, o pokemon brasileiro que representará a Copa de 2014 no Brasil.

O bichinho ainda não tem nome e você pode votar em um dos 3 (terríveis >.<) nomes que estão disponíveis para a escolha no site oficial da Fifa: Amijubi, Fuleco e Zuzeco (meu santo Cristo!).

O nome é horrível, o evento idem, mas o que nos interessa aqui é o mascote.

INSPIRADO no mascote anterior, o Zakumi, aquele guepardinho pra lá de fofo, da Copa de 2010 na África, o Tatu-bola vem com a dupla proposta de ser o embaixador da Copa no Brasil e um ícone da conservação da fauna brasileira - nessa, pelo menos, deram bola dentro!


    A Associação Caatinga, entidade sem fins lucrativos que trabalha pela preservação do bioma caatinga (localizado no Nordeste brasileiro, caracterizado por uma vegetação adaptada a um volume baixo de chuvas), está em festa em Fortaleza. A organização foi a responsável pela campanha para a escolha do tatu-bola como mascote. “A satisfação é grande. Temos uma ótima oportunidade nas mãos de contribuir, por meio da Copa, com o meio ambiente. A gente acredita que o tatu-bola é um porta-voz da necessidade de se proteger a caatinga”, diz Castro.

    Campanha
    Fim de janeiro de 2011. A Associação Caatinga estava reunida para identificar oportunidades e  discutir questões ambientais em virtude do Mundial. Surgiu, então, a ideia de propor uma mascote. “Quando disseram tatu-bola, houve um silêncio. Todo mundo concordou na hora. Ele é o único mamífero que assume o formato de bola. E a bola é protagonista da Copa”, conta Rodrigo.

    A ideia virou campanha na internet, especialmente nas redes sociais. Aos poucos, o apoio de sites, blogs, portais foi crescendo. A divulgação na mídia também. Primeiro, nos meios de comunicação de Fortaleza, sede da entidade, e do estado do Ceará. Depois, em âmbito nacional.

    “Percebemos que a campanha tinha potencial e decidimos oficializá-la. Redigimos um documento de 20 páginas e enviamos ao Ministério do Esporte, para o Comitê Organizador Local (COL) e para a FIFA. O tatu-bola é 100% brasileiro e a Copa é uma ótima oportunidade de divulgar a importância da preservação da espécie”, explica Rodrigo.

    Tolypeutes tricinctus
    Segundo a Associação Caatinga, há 11 espécies de tatu no Brasil. Mas a do tatu-bola, cujo nome científico é Tolypeutes tricinctus, é exclusiva do país e não ocorre em nenhum outro local. Uma espécie muito parecida - “um primo dele”, de acordo com Rodrigo, pode ser encontrada no Paraguai, Bolívia e norte da Argentina.

    Segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (confira a íntegra da publicação), dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação, a principal diferença em relação ao primo Tolypeutes matacus é a presença de cinco unhas nas patas anteriores do tatu-bola.

    Ao se enrolar e assumir o formato de bola, ficando estático, ele consegue se proteger de seus principais predadores na natureza, como a onça. Entretanto, contra o homem, as defesas são mínimas. Rodrigo Castro explica que, historicamente, a caça é o grande inimigo do tatu-bola. Mas, recentemente, o desmatamento, as queimadas e a expansão das áreas agrícolas vêm assumindo o papel de principal vilão na devastação da espécie.

    O tatu-bola é típico da caatinga e de áreas de cerrado próximas à caatinga.  Atualmente, pode ser encontrado em oito estados brasileiros: Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Goiás e Tocantins. Segundo a classificação utilizada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o tatu-bola está na categoria “vulnerável”, ou seja, corre alto risco de extinção na natureza em médio prazo.

    Rodrigo conta que ele deve ser reclassificado na revisão do fim do ano para a categoria “Criticamente em perigo”, quando a espécie corre risco extremamente alto de extinção em futuro imediato. “É a última categoria antes da extinção”, alerta.

         Projeto de conservação
    Faltam informações mais precisas sobre hábitos alimentares, ciclos reprodutivos e distribuição geográfica do tatu-bola. Essa necessidade de se conhecer mais a espécie, aliada à ameaça de extinção, motivaram a Associação Caatinga, em parceria com entidades internacionais, a criar um projeto de conservação da espécie. A proposta é elaborar pesquisas e estudos e promover a preservação do habitat do tatu-bola.

    Também estão previstas campanhas de educação ambiental, um plano de divulgação dos resultados dos estudos e o fortalecimento de entidades e redes de pesquisadores, para que tenham condições ideais de trabalho em campo e de desenvolvimento das pesquisas.

    “Vamos pedir apoio da FIFA ao projeto. Seria a primeira Copa que atrelaria a iniciativa ambiental ao mascote, ajudando a reduzir o risco de extinção”,  explica Rodrigo. De qualquer forma, a escolha do tatu-bola como mascote já é considerada uma vitória. “Para nós, existe um momento antes e um depois da escolha do mascote. A vitória não é só da associação. É do  tatu-bola, da caatinga e do meio ambiente”, finaliza.

Carol Delmazo – Portal da Copa


Não seria show ter um bichinho desses em casa, de estimação? Essa seria, sem sombra de dúvidas, a melhor opção antes da extinção, que é o que aguarda muito brevemente esta brava criaturinha, que é capaz até de se proteger da Dona Onça, mas extremamente  vulnerável à gula sádica do Sr. Homem.

Para mim, que não gosto de futebol e não tô nem aí pra copa, é admirável que tenham pensado nesta feliz ideia e iniciativa de usar um evento mundial para chamar a atenção do mundo para a Natureza refém dos Gulas - que, a bem da verdade, são eles mesmos, o povo que promove esses eventos milionários enquanto o mundo se explode.

2 comentários:

Anjo da Noite disse...

Que nomes são esses?! Cruzes, afff... é melhor não dar nenhum nome, chamá-lo só de Tatuzinho, pronto, rss. Fuleco? Amijubi, que é isso???

Rs. O bichinho, na realidade, é feio, mas a caricatura ficou bonita.
Kkkkk.
Não gosto de futebol, mas tudo bem.

:)

Patricia Kovacs disse...

Oie, Anjo!

Realmente, Tatuzinho seria muito melhor e muito mais simpático!

Quem inventou tais nomes mandou muito mal - verdadeira bola-fora!

Obrigada pela visita e comments ;)

Bjxxx!

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