24 de ago. de 2012

Oxumarê - Referências

Já há algum tempo, eu tinha em mente fazer uma série de postagens sobre as referências usadas nas minhas histórias. Comecei com essa série há alguns dias atrás, comentando sobre o uso das ervas em banhos e defumações. Hoje, em 24 de agosto, aproveitando que se homenageia o Orixá Oxumarê, sincretizado com o santo católico São Bartolomeu, inciarei a série de referências sobre os Orixás.

As características dos Orixás aparecem em diversas histórias, até mesmo na inédita "K'ien - O Céu em Ação", que possui grande influência chinesa. Os personagens Huang-ti e Wu-ki são, respectivamente, Ogum e Yemanjá. Porém, apenas na série Orishás, do Projeto Encantados, que eles, os Deuses Yorubás, aparecem em sua completa roupagem.

OXUMARÊ - O Orixá do arco-íris

Os Orixás não são Espíritos humanos que um dia viveram na Terra, evoluíram e ascenderam à condição de Deuses, embora as crenças quedem para esse lado. Orixás são Emanações vibratórias do próprio Criador ( o Deus supremo), regentes das Forças da Natureza no nosso Plano Físico Terrestre. Foram humanizados pelo próprio homem, como forma de aproximá-los do acanhado entendimento que nós, encarnados, possuímos. E cada Orixá rege um elemento da Natureza, servindo de pêndulos equilibradores, cuidando da harmonização da criação divina (toda a natureza, incluindo nós, pessoas humanas, Espíritos eternos).

Oxumarê é um Orixá de dubiedade natural. Nele, Yin e Yang  estão contidos em perfeito equilíbrio. Ele rege tudo que é cíclico, o começo e o fim, os opostos que se unem e se completam. O arco-íris é o seu símbolo de polaridade masculina, a ponte celeste que liga um ponto distante ao outro. Também é o seu símbolo a serpente, representando a sua polaridade feminina. Oroboros, a serpente que faz um círculo de si mesma ao morder a própria cauda, pode ser essa representante.

Oxumarê rege o movimento, a transformação. É ele que impulsiona as rodas do mundo, as rodas da vida. A força que faz as águas descerem do céu, cairem na terra, evaporar e novamente retornar ao céu é a mesma força de impulso, movimento e transformação presente nas vidas de todos os seres da Terra. O ciclo de nascimento-vida-morte-renascimento, que pode ser representado pela Roda de Samsara dos Budistas, está regido por este Orixá que se torna controverso nas mentes focadas apenas nas pequenezas que estão diante de seus olhos, como o fato de acharem que Oxumarê é homem por 6 meses e mulher por outros 6 meses, e que as pessoas nascidas sob a regência desse Orixá tendem ao homossexualismo.

No meu achismo, Oxumarê é melhor representado na forma humana do andrógino. Pode, com mais perfeição, ser ainda representado por Rebis ou Res Bina, o composto alquímico perfeito, em que as polaridades masculina e feminina estão em total equilíbrio.

Culturalmente, Oxumarê é uma Divindade do panteão do Daomé, uma região do centro-norte da África que foi dominada pelos Yorubás. Esse povo, mais voltado à guerra, tendo sua religiosidade pouco desenvolvida, acabou por assimilar parte da cosmogonia do povo daomeano, sincretizando algumas divindades e incorporando outras que não existiam em seu panteão, como é o caso de Oxumarê, Nanâ, Omulu, Obaluauê, Iroko e Ewa.

Assim como todos os outros Orixás, Oxumarê se liga às linhas que regem toda a vida do planeta. Ele está presente no princípio e no fim, auxiliando outras regências e vibrações. Como Força da Natureza, é perfeito, sempre em harmonia com as outras Forças, em mútuo auxílio.

Arroboboi, Oxumarê! 

Para saber detalhes:
Pat Kovacs =]~



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