Fiquei sabendo, através do Blog Vida de Leiturista, do escritor e quadrinista Kampos, que hoje é o "Dia do Vampiro" (não seria mais adequado "Noite"??).
Desde o ano de 2002, foi instituído que o dia 13 de agosto seria o DIA DOS VAMPIROS, já firmado como lei na capital paulista desde 2003, data esta idealizada por Liz Vamp, que é atriz, apresentadora de programa de TV, escritora e filha do grande José Mojica, mais conhecido como "Zé do Caixão".
Então, aproveitando a ocasião, segue o piloto de Amaldiçoados, série do Projeto Encantados, disponível no e-book. Essa série foi inspirada no anime/game "Blood, the last Vampire". Portanto, longe estão os vampiros de Amaldiçoados serem bonzinhos e bonitinhos como "Crepúsculo & Cia". Nesse conto, vampiros são Amaldiçoados, mesmo!
Mohini Mahamaya ergueu os olhos para a torre da igreja, depois de conseguir despertar de seu torpor pelas badaladas dos sinos, que indicavam ser meia-noite. As roupas sujas de sangue fresco e a mão postada na região do abdômen denunciavam a luta travada pouco tempo antes.
Deveria estar satisfeita. Foram dias de caçada até encontrar o vampiro. Por dias e noites a fio, ouvira os moradores de rua daquela região da cidade as suas histórias, os seus medos.
Na noite anterior estivera naquele mesmo lugar e tinha presenciado o momento de desespero de uma das moradoras, cuja filha pequena tinha sido arrancada de seus braços pelo filho de Satã.
Mohini se esgueirou pelas ruas desertas e escuras, até se deparar com uma cena tétrica: o filho de Satã bebendo da menina, escorando o corpo pequeno e frágil dela contra o muro de uma fábrica. A Caçadora chegou tarde demais. A aproximação da garota o fizera saltar sobre as latas de lixo e sumir pelas ruas escuras, deixando para trás o corpo da criança, que desmoronou já sem vida ao chão imundo.
Voltar pelo mesmo caminho que viera, carregando o cadáver da criança nos braços, foi como adentrar no próprio abismo escuro de sua alma. Só naquele momento tinha compreendido o sentido da expressão “carregando o peso do mundo nas costas”.
Não conseguia evitar o sentimento de impotência que a assolava. Era como se tudo que tivesse feito em sua vida não fizesse sentido. Não quando havia tanta crueldade no mundo.
As lágrimas rolavam abundantes por sua face pálida, salpicando o corpo da criança. Mas nada, nada a preparou para a angústia que amargaria ao entregar o cadáver para a mãe. Os
gritos de desespero eram mais do que seus ouvidos podiam suportar. Era mais do que ela aguentava suportar!
Jurou acabar com aquilo! Prometeu a si mesma que poria um fim no Amaldiçoado! Estranhamente, naquela noite, rezar foi difícil. O vampiro tinha feito mais do que beber do sangue e ceifar uma vida: ele tinha carregado boa parte da fé inabalável
de Mohini.
Essas lembranças da noite anterior, no momento, pareciam ter ocorrido há um século.
– Acabou. – A voz saía entrecortada e quase asmática, revelando o esforço sobre-humano que enredava para respirar.
Olhou para as próprias vestes cobertas pelo sangue do Amaldiçoado e esboçou um breve olhar para trás. O sangue pútrido do filho de Satã tingia boa parte da rua de vermelho.
Precisava ligar para a Sociedade, precisava que alguém viesse para levar o que sobrou do cadáver do vampiro. Faltavam-lhe forças. Algo ardia na região do estômago.
Durante a batalha, o Amaldiçoado tinha metamorfoseado a própria mão em garras afiadas. Ele a atingira com um único golpe na região do Plexo Solar, décimos de segundos antes da
sua katana cortar o ar, levando junto a cabeça do vampiro.
Deslizou os dedos pela região do abdômen e fitou a própria mão. Não tinha coragem de olhar o ferimento. Pelo sangue abundante que cobria os seus dedos, supôs que o corte era profundo.
Mohini se escorou com os braços contra a parede, apoiando a cabeça no concreto frio, em uma tentativa de recobrar as suas forças. Foi quando sons de passos se fizeram mais e mais próximos. Descontrolada, se virou em direção ao estranho que se aproximava, e andou em sua direção a passos vacilantes.
– Me ajuda... - a mão apertava o abdômen, sem conseguir estancar o sangramento que encharcava ainda mais as suas roupas já vermelhas do sangue do Amaldiçoado, escorrendo
languidamente, pontilhando as pedras escuras da rua de vermelho. — Acho que não estou bem...
Os seus olhos varriam o homem à sua frente. Sua capacidade de percepção de auras estava bastante ofuscada pela dor que sentia. Sabia que estava diante de alguém com poderes extraordinários mas, naquele momento, não conseguia discernir que tipo de dom era esse que ele possuía. Fechou os olhos e rezou baixinho, pedindo a Deus que não fosse outro filho das Trevas.
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2 comentários:
Nossa tem até dia do Vampiro essa eu não sabia hehe
bjos
http://oincrivelmundodapotinho.blogspot.com.br/
Pior que eu tbm não, haha! Fiquei sabendo no dia, quase noite, por outro blog, rs!
Bjos!
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