Eu ganhei esse livro num
sorteio em outubro de 2011, durante o Halloween Literário promovido pela
Livraria Nobel, no Shopping Recreio. Foi quando tive a oportunidade de conhecer
ao vivo vários autores e autoras da nossa nova Literatura Nacional, incluindo o
Autor de Acanãs, Julio Rocha, de quem recebi pessoalmente o livro que somente
agora resenho.
Acanãs, Aequilibrium, se
desenvolve a partir de uma lenda indígena de tribos que viviam na região onde
hoje é o Rio de Janeiro, Acanã e Aioa, inimigas ferrenhas que se mantêm em
guerra pela posse da Lança Iandê, um artefato mágico capaz de evitar
catástrofes naturais ou, se utilizada por um mal intencionado, capaz de
destruir lugares inteiros, manipulando as forças da Natureza.
Os dias são os atuais e o lugar
é o Rio de Janeiro, palco da história que reviverá uma antiga lenda
indígena, uma guerra tribal mal resolvida e o alvo de uma destruição em massa.
A lenda fala de 6 bravos
guerreiros com poderes sobrenaturais, que são os guardiões naturais da lança
mágica Iandé, que lutam para que o mal não atinja a terra em que vivem. E essa
lenda ganha contornos reais quando um acanã é sequestrado pelo clã Aioa, para
obter a localização do esconderijo do artefato, desaparecido há mais de 100
anos. Tudo nessa lenda é real, inclusive o poder milagroso e devastador de
Iandé.
Meu Achismo:
Em Acanãs, Julio Rocha usou
todos os recursos para uma história de sucesso: um romance entre pessoas de
clãs inimigos; magia; sobrenatural; pessoas comuns que acordam um belo dia com
poderes incríveis; lugares reais em que o leitor pode se situar; a luta entre o
bem e o mal. O melhor foi a utilização de um tema completamente fora dos
padrões atuais de anjos – lobos – vampiros.
Com tantos elementos legais,
era para Acanãs se tornar um best-seller, mas faltou algo muito importante: feeling. Faltou emoção, faltou mais
humanidade aos personagens muito estereotipados.
A narrativa é impecável, mas é
seca, rascante. Se fosse verbalizada, teria a voz de algum locutor do Loquendo.
Sem a prosa, o Romance de aventura fantástica se tornou quase um texto técnico
– ou, talvez, houve técnica demais. E Literatura é Arte e não Ciência Exata.
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