Cítrico é a continuação de
Agridoce, e é o segundo livro da Saga Sabores do Sangue (nome bastante
sugestivo, né?), da Autora Simone Marques.
Em Cítrico, continuamos a
acompanhar os gostos e desgostos das descobertas de uma vida inteiramente
diferente para Anya, que começa a despertar também para outros sentidos que a
deixam amedrontada, afinal ela foi tão tolhida em sua liberdade pela criação do
pai, Edgar, que sua verdadeira personalidade ficou soterrada. Agora, sob sua
nova condição de vida, de uma condição especial que a faz necessitar de sangue
alheio, a liberdade antes cerceada, parece vir cobrar reparação, e a
personalidade independente e temerária tão bem encoberta por Edgar vem a tona
causando confusões no percurso.
Mas há algo em Anya ainda mais
profundo e denso. Em sua condição especial de Portadora – uma forma natural e
nada de vampirismo – ela é ainda mais especial, entretanto de uma forma
sinistra que a coloca sob a mira de um poderoso Portador, que pensa ser
superior a todos os outros: Sid.
Neste livro, as ações dos
Caçadores são mais enfatizadas, mostrando serem eles os monstros da trama.
Porém, há aqueles que se horrorizam com sua condição, como é o caso de Dante,
que é abordado por esse grupo de “justiceiros do sangue” que age como
verdadeiro bandido, pois, sob a alegação de livrar o mundo do mal, assassinando
os Portadores, esses Antagonistas ameaçam, sequestram, estupram, torturam e
barbarizam suas vítimas. E Dante será coagido a se unir a eles para caçar a sua
Portadora, com quem terá uma relação dúbia, contraditória, que poderá leva-lo à
loucura.
Meu
Achismo:
Cítrico está muito mais
introspectivo em relação a Agridoce, o primeiro livro da Saga Sabores do
Sangue, e o seu ritmo é mais lento. Simone Marques se focou mais nos
relacionamentos forçados pela condição do sangue, que afeta além da esfera
Escravo – Portador – Antagonista, atingindo a todos que estão ligados a essas
três personagens, unidas pelo destino de uma forma nada romântica e que ainda
poderá ser muito trágica.
A condição além de especial de
Anya faz dela um chamariz para os homens e, nesse ponto, eu acho que a Autora
exagerou e muito, embora na vida real haja muitas mulheres e até garotas que
muito adorariam ser desejadas por todos os homens que cruzem seus caminhos,
seja jovem ou velho, seja lindo ou horroroso. Eu, como sou careta, gosto no
máximo de um triangulo amoroso, afinal, como dita a sabedoria popular, três é demais!
Imagine, então, 4, 5, 10 ou 20?!
Gostei que Daniel tenha tido a
sua chance, que foi merecida. Ele é um personagem bacana, embora, eu acho que, o coração de Anya jamais
pertencerá ao seu delicioso Escravo.
A história ainda está
inconclusa. Terá uma continuação no próximo livro, o Etílico. Se em Cítrico a
história foi ácida em suas ações até mesmo cruéis (por parte dos Caçadores),
será que Etílico será explosiva e inebriante, como sugere o seu título?
Blog Oficial - Livro Agridoce.
Veja a resenha de Agridoce.
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