O PRÍNCIPE DE CRISTAL é um romance curto e água-com-açúcar, em que a Autora Jossi Borges escreveu no intervalo entre suas outras produções literárias, de forma espontânea e despretensiosa.
Nesse livro, o sobrenatural está presente na forma de um belo e delicado casalzinho esculpido em cristal. Apesar de ser apenas duas estatuetazinhas muito bem feitas, Yarilo e Frilla possuem uma parcela da alma do artista que os esculpiu, dando a eles, de certa forma, uma vida repleta de sensações e sentimentos.
Isanne é uma decoradora de ambientes especializada em Feng Shui, que se utiliza de sua sensibilidade extra-sensorial para trabalhar a circulação de energias nos locais onde realiza as suas consultorias. Sua vida muda drasticamente quando ela conhece, em um antiquário, o casal esculpido em cristal, um "príncipe" e uma "princesa" medievais. Ao tocá-los, Isanne tem uma estranha sensação e isso é determinante para ela adquirir as encantadoras esculturas, apesar da maldição que lhes é atribuída.
Ao levar as esculturinhas de cristal para casa, coisas estranhas começam acontecer, como vultos aparecendo no quarto de Isanne à noite e um fatal acidente envolvendo Rick, o jovem ex-namorado que muito a decepcionou... teria esses estranhos acontecimentos alguma relação com as estatuetas e a maldição que as acompanha?
Meu Achismo:
O Príncipe de Cristal é uma literatura rápida, que fiz em duas viagens de trem, indo e voltando do trabalho, algo em torno de 2 a 3 horas.
Com o livro se conhece alguns conceitos interessantes sobre o Feng Shui e sobre a teoria de haver algo de Energia Vital ou Psicoenergia nos objetos, especialmente os artesanais, transmitida pelo artesão, conferindo uma parcela de sua alma à "criatura" inanimada.
Achei que Jossi Borges se focou demais em Isanne e trabalhou pouco nas partes das manifestações sobrenaturais. Poderia ter dado mais ênfase a Yarilo, o Príncipe de Cristal. E o desfecho do livro se deu de forma brusca se comparado ao restante da trama, que ocorreu lenta exatamente por muito exaltar a vida da protagonista. Poderia ter rendido mais umas 50 páginas, tranquilamente, afinal o assunto é interessante e muito diferente do que encontramos na Literatura contemporânea.
É um livro curto, despretencioso, feito para entreter. Gostei da ideia de se escrever um livro nesses moldes para exercitar a escrita e a criatividade entre uma e outra obra maior.
Para adquirir o livro, acesse o Clube de Autores ;)
Um comentário:
Oi, Pat!
Pois é, como você disse é um livro leve e despretensioso. Na verdade, a ideia surgiu para lançar somente como e-book, uma distração rápida, uma noveleta. Depois é que veio a vontade de torná-lo maior e um pouco mais "encorpado", adicionando mais alguns personagens e criando um clima leve de mistério.
Como romance água-com-açúcar + pitada de sobrenatural, achei que ele cumpriu o que prometia. Já para ser um romance mais profundo, ele peca por focar apenas em Isanne, que é a protagonista.
Como eu não pretendia me estender demais, deixei que o final fosse assim, leve e rápido - como o de um conto mais longo... Breve, leve e singelo.
Bjo!
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