Testando Material de desenho e Pintura, parte 07.
O teste de hoje será de dois materiais que adquiri ontem mesmo (dia 20/04). O primeiro não é um material propriamente para desenho. E o segundo são três lápis pastel Gioconda, da Koh-I-Noor, que tanto quero o estojo completo, mas ainda não tive coragem para tanto u.u
Para começar, vamos pelo o menos óbvio, embora todo papel sirva para desenhar, até mesmo o desprezado papel-jornal.
Nas fotos está o bloquinho de papel reciclado que adquiri ontem, junto com os outros materiais. Nesse caso, acho que a marca não é importante, apenas fotografei a capa do bloco para mostrar que se trata de um simples bloco para recados feito em papel reciclado, como pode conferir na segunda foto.
O papel tem uma boa consistência, é de gramatura 90g. Gramatura do papel significa o peso que a folha de 1m² (um metro quadrado) tem, deixando a folha mais ou menos grossa. Nesse caso, 1m² desse papel pesa 90 gramas. A superfície é lisa e tem uma bonita cor com "sujeirinhas personalizadas" em cada folha, o que é típico de um papel reciclado sem tratamento de branqueamento ou coloração.
As folhas são destacáveis, então pode tanto deixar o desenho no bloco ou destacá-lo, sem comprometer as demais folhas. O tamanho é 10cm X 14cm, o que nos obriga a fazer um desenho em dimensões reduzidas (o que é muito bom para treinar limites de tamanho). E é bem legal também para desenhar/pintar postais, fazer rabiscos espontâneos em qualquer lugar que esteja, podendo carregar o bloco em qualquer bolsinha sem pesar ou estorvar.E o melhor de tudo: é uma alternativa muito barata aos cadernos de esboços (sketchbook) e blocos de papel específico para desenho. Se não dá para comprar um Canson ou Moleskini, vai de bloquinho de recados mesmo.
Agora vamos ao trabalho \o/
Quando se quer fazer um desenho rápido, sem referências, de figura humana, é sempre mais prático fazer um rosto de perfil, que com poucas linhas curvas já se delineia a imagem de um ser humano, sem se preocupar se os lados do rosto ficarão simétricos, como acontece em um rosto de frente, ou se fizer a figura completa, de corpo inteiro.
Daí que na primeira foto está o esboço do desenho, feito em lápis grafite Faber Castell de graduação HB (Veja sobre a escala de dureza dos lápis aqui).
Na segunda foto, fiz todo o contorno do rosto e as sombras mais as flores da coroa com o lápis sanguínea da linha Gioconda, da Koh-I-Noor, que apesar de ser um lápis pastel seco, a sua consistência é de um lápis de cor comum, tanto que ele praticamente impermeabilizou sua área, não permitindo mesclagem fácil com os lápis preto e branco (na verdade, não sei dizer se é mesmo um pastel seco, embora ele seja da linha Gioconda).
Na terceira imagem foi a vez do lápis pastel branco, para fazer os pequenos detalhes brancos do desenho e colocar luz em áreas do rosto. Essa cor realmente é um pastel seco, a mina é super delicada, esfarela com facilidade, o que acaba sendo um desperdício se não for aproveitar o pózinho que solta na pintura (para fazer uma aura de luz ficaria ótimo, mas o meu espaço no desenho era pequeno demais para isso, borraria tudo ali). O lápis pigmenta muito bem, logo de primeira, e também serve para suavizar as outras cores. Mistura-se fácil, mesmo com o lápis sanguínea que usei primeiro, ficando esfumaçado. E é gostoso de manusear. Só que não deve durar nada.
Na quarta foto, o desenho está completo com o lápis pastel preto, que tem a textura de carvão - e é bem preto como carvão. O lápis espalha bem e tem ótima pigmentação, então precisa segurar a mão para não deixar tudo chapado, se não é essa a intenção. É miscível com outras cores e dá para suavizar com esfumaçados, como pode perceber na pálpebra da moça, que esfumei com a ajuda de um esfuminho, e depois reforcei a sobrancelha e os cílios.
Achismo Final:
Para um teste rápido, o papel reciclado funcionou bem, e a sua coloração natural serviu para compor a pintura do desenho (a moça até ganhou uma pinta sexy na bochecha, rs). No caso desse bloco que usei, o papel de textura lisa ajudou a dar uniformidade à pintura com lápis pastel, que deslizou e pigmentou muito bem - sendo que foi muito gostoso e rápido de pintar, não levei nem meia hora para fazer todo o desenho, incluindo as fotos de cada etapa.
O lápis sanguínea da Gioconda tem uma cerinha que deixa o traço impermeabilizado, não permitindo uma mesclagem com os outros dois lápis que usei. Talvez seja um lápis para usar puro e único, mas tudo bem. O sanguínea tem uma corzinha que lembra ao vermelho tijolo, quase marrom. É suave e sua textura mais rígida permite detalhes menores no desenho.
O lápis pastel branco me lembrou a textura de um giz de quadro negro (que nem é mais comercializado, acho), ou giz de pemba. Esfarela com facilidade, então deve gastar horrores ao pintar áreas maiores. Mas se aproveitar o pózinho que solta para esfumaçar, terá uma aura ou névoa muito suave e bonita, além de servir para suavizar outras cores e para uniformizar a pintura.
O lápis pastel preto tem a textura de carvão, e isso me deixou muito curiosa em relação ao lápis carvão da Conté à Paris, que não adquiri dessa vez por achar muito carinho (R$ 16 a unidade) para acabar levando dois lápis iguais, embora de marcas diferentes. Esse fica pra próxima, mês que vem, talvez. Quanto a esse da Koh-I-Noor, ele tem uma textura deliciosa que desliza fácil pelo papel (ao menos nesse papel liso que usei), a sua pigmentação é muito intensa, o que permite fazer um leve esfumaçado quanto um preto chapadão. Com a ponta fina, dá para fazer detalhes sem perder o "fio da linha". Também é miscível entre outras cores.
O preço dos lápis está médio, paguei um pouco mais de 6 reais cada unidade. O estojo de lápis pastel Gioconda Koh-I-Noor com 48 cores, é encontrado por entre R$ 600 e R$ 800, dependendo da loja (por isso é muito importante pesquisar! A diferença de preços entre as lojas de material artístico são enormes, e ainda precisa ver o quanto cobram de frete!). Então, seria muito mais vantajoso adquirir todas as cores em lápis avulso, o problema é que não se encontra muitas cores disponíveis dessa forma. Onde comprei, acho que tinha 3 ou 4, daí trouxe os três que me interessavam, mais para testar o lápis, pois tenho a intenção de adquirir, sei lá quando eu puder, o estojo de lápis pastel, não exatamente da Gioconda, mas penso no Pitt da Faber Castell, que possuí uma palheta maior com 60 cores e é proporcionalmente mais barato, embora mais difícil de achar.
Resultado:
Apesar de serem materiais adquiridos apenas para serem testados e ver se eu gostava ou não da coisa, isto é, não os comprei com uma ideia pré-definida para eles, foram muito satisfatórios, o que foi ótimo, senão estava chorando o dinheiro derramado XD~ Gostei especialmente do papel, pois foi o que menos dei fé. Então, essas doidices de se adquirir material aleatoriamente, são válidas ;D
Falando sobre o bloco de recados em papel reciclado, eu o encontrei na seção de material de escritório da loja, portanto longe da seção escolar e mais longe ainda da seção artística. Então a dica é essa para quem estiver afim de arriscar materiais fora do meio artístico: procurar em seções nada a ver com arte, como a seção de escritório e até de informática. Pois também tenho adquirido papel de impressão, desses pacotinhos que encontramos na seção de informática. Há papéis muito bons, com texturas legais, cores diversas e gramaturas boas para arriscar até mesmo uma aquarela (sem ser muito aguada), pois são papéis preparados para receber tinta líquida e suportar uma temperatura alta sem se deformar. E são muito baratos em termos de custo X benefício. Dá para fazer muitas pinturas e ilustrações legais com eles. E no futuro, trarei testes com eles também.
E o resultado final-final está aqui abaixo.
Tchauzin!
Na segunda foto, fiz todo o contorno do rosto e as sombras mais as flores da coroa com o lápis sanguínea da linha Gioconda, da Koh-I-Noor, que apesar de ser um lápis pastel seco, a sua consistência é de um lápis de cor comum, tanto que ele praticamente impermeabilizou sua área, não permitindo mesclagem fácil com os lápis preto e branco (na verdade, não sei dizer se é mesmo um pastel seco, embora ele seja da linha Gioconda).
Na terceira imagem foi a vez do lápis pastel branco, para fazer os pequenos detalhes brancos do desenho e colocar luz em áreas do rosto. Essa cor realmente é um pastel seco, a mina é super delicada, esfarela com facilidade, o que acaba sendo um desperdício se não for aproveitar o pózinho que solta na pintura (para fazer uma aura de luz ficaria ótimo, mas o meu espaço no desenho era pequeno demais para isso, borraria tudo ali). O lápis pigmenta muito bem, logo de primeira, e também serve para suavizar as outras cores. Mistura-se fácil, mesmo com o lápis sanguínea que usei primeiro, ficando esfumaçado. E é gostoso de manusear. Só que não deve durar nada.
Na quarta foto, o desenho está completo com o lápis pastel preto, que tem a textura de carvão - e é bem preto como carvão. O lápis espalha bem e tem ótima pigmentação, então precisa segurar a mão para não deixar tudo chapado, se não é essa a intenção. É miscível com outras cores e dá para suavizar com esfumaçados, como pode perceber na pálpebra da moça, que esfumei com a ajuda de um esfuminho, e depois reforcei a sobrancelha e os cílios.
Achismo Final:
Para um teste rápido, o papel reciclado funcionou bem, e a sua coloração natural serviu para compor a pintura do desenho (a moça até ganhou uma pinta sexy na bochecha, rs). No caso desse bloco que usei, o papel de textura lisa ajudou a dar uniformidade à pintura com lápis pastel, que deslizou e pigmentou muito bem - sendo que foi muito gostoso e rápido de pintar, não levei nem meia hora para fazer todo o desenho, incluindo as fotos de cada etapa.
O lápis sanguínea da Gioconda tem uma cerinha que deixa o traço impermeabilizado, não permitindo uma mesclagem com os outros dois lápis que usei. Talvez seja um lápis para usar puro e único, mas tudo bem. O sanguínea tem uma corzinha que lembra ao vermelho tijolo, quase marrom. É suave e sua textura mais rígida permite detalhes menores no desenho.
O lápis pastel branco me lembrou a textura de um giz de quadro negro (que nem é mais comercializado, acho), ou giz de pemba. Esfarela com facilidade, então deve gastar horrores ao pintar áreas maiores. Mas se aproveitar o pózinho que solta para esfumaçar, terá uma aura ou névoa muito suave e bonita, além de servir para suavizar outras cores e para uniformizar a pintura.
O lápis pastel preto tem a textura de carvão, e isso me deixou muito curiosa em relação ao lápis carvão da Conté à Paris, que não adquiri dessa vez por achar muito carinho (R$ 16 a unidade) para acabar levando dois lápis iguais, embora de marcas diferentes. Esse fica pra próxima, mês que vem, talvez. Quanto a esse da Koh-I-Noor, ele tem uma textura deliciosa que desliza fácil pelo papel (ao menos nesse papel liso que usei), a sua pigmentação é muito intensa, o que permite fazer um leve esfumaçado quanto um preto chapadão. Com a ponta fina, dá para fazer detalhes sem perder o "fio da linha". Também é miscível entre outras cores.
O preço dos lápis está médio, paguei um pouco mais de 6 reais cada unidade. O estojo de lápis pastel Gioconda Koh-I-Noor com 48 cores, é encontrado por entre R$ 600 e R$ 800, dependendo da loja (por isso é muito importante pesquisar! A diferença de preços entre as lojas de material artístico são enormes, e ainda precisa ver o quanto cobram de frete!). Então, seria muito mais vantajoso adquirir todas as cores em lápis avulso, o problema é que não se encontra muitas cores disponíveis dessa forma. Onde comprei, acho que tinha 3 ou 4, daí trouxe os três que me interessavam, mais para testar o lápis, pois tenho a intenção de adquirir, sei lá quando eu puder, o estojo de lápis pastel, não exatamente da Gioconda, mas penso no Pitt da Faber Castell, que possuí uma palheta maior com 60 cores e é proporcionalmente mais barato, embora mais difícil de achar.
Resultado:
Apesar de serem materiais adquiridos apenas para serem testados e ver se eu gostava ou não da coisa, isto é, não os comprei com uma ideia pré-definida para eles, foram muito satisfatórios, o que foi ótimo, senão estava chorando o dinheiro derramado XD~ Gostei especialmente do papel, pois foi o que menos dei fé. Então, essas doidices de se adquirir material aleatoriamente, são válidas ;D
Falando sobre o bloco de recados em papel reciclado, eu o encontrei na seção de material de escritório da loja, portanto longe da seção escolar e mais longe ainda da seção artística. Então a dica é essa para quem estiver afim de arriscar materiais fora do meio artístico: procurar em seções nada a ver com arte, como a seção de escritório e até de informática. Pois também tenho adquirido papel de impressão, desses pacotinhos que encontramos na seção de informática. Há papéis muito bons, com texturas legais, cores diversas e gramaturas boas para arriscar até mesmo uma aquarela (sem ser muito aguada), pois são papéis preparados para receber tinta líquida e suportar uma temperatura alta sem se deformar. E são muito baratos em termos de custo X benefício. Dá para fazer muitas pinturas e ilustrações legais com eles. E no futuro, trarei testes com eles também.
E o resultado final-final está aqui abaixo.
Tchauzin!
2 comentários:
Acompanhei o desenho e achei maravilhoso.
Além de excelente escritora é desenhista das boas.
Parabéns e bjks de seus admiradores de Pratinha
Olá, Sandra!
Grata pela visita e comentário :)
Só não exagera nos adjetivos, rs.
Beijos!
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