Necessitamos da Arte para Viver. Somente a Arte é capaz de nos remeter à existência mais divinizada e rica. Sem ela, apenas sobrevivemos um dia após o outro, sem o tempero sublime que nos faz ser algo além de uma criatura quase simiesca preocupada apenas com a sustentação efêmera da carne e dos ossos.
Inaugurando uma nova seção aqui no blog, sempre que possível, trarei a biografia e a Arte dos Artistas, seja de qual expressão for, para nos encantar e enriquecer mais a alma, alegrando os nossos dias e até - quem sabe? - nos inspirando em nosso cotidiano, nos despertando para aquele Algo A Mais que há na alma de todos.
Émile Vernon
1875 ~1920
O final do século 18 e todo o Século 19 foram de grandes efervescências culturais, artísticas e sociais: grandes mudanças sociais, descobertas científicas, revelações religiosas e filosóficas. A Arte, que é a expressão divinizada do mundo material, nos brindou com, pelo menos, três estilos artísticos: o Romantismo, o Paisagismo e o Realismo. E, não por acaso, nestes dois séculos foram escritos os melhores livros legados à Humanidade de todos os tempos.
(Veja mais sobre esses séculos fascinantes, clicando aqui)
Émile Vernon foi um pintor francês que se consagrou por suas belas pinturas retratando a delicadeza de moças jovens e de crianças com animais, tudo muito leve, suave e lírico. Suas mocinhas, quando não apenas recatadas, são de uma sensualidade angelical (e se podemos juntar estes dois termos, somente o conseguimos graças ao Romantismo!), envoltas em flores e belas paisagens naturais. As crianças, por Vernon retratadas, são sempre de ares saudáveis e felizes, em situações inocentes de brincadeiras ou com bichinhos de estimação. Os cenários são sempre de paisagens naturais com a mínima interferência humana.
Vernon viveu em Paris e Londres, estudou na Escola de Belas Artes em Tours, França, onde ganhou o seu primeiro prêmio de Desenho em 1888, mudando-se depois para Paris, onde estudou com os mestres Bouguereau e Auguste Trupheme.
De 1898 até 1913, exibiu suas obras no Salão dos Artistas Franceses. Participou da Exposição de Belas Artes e Artes Decorativas de Paris e pintou diversos murais, como nos salões dos teatros de Chatellerault, em 1899, e o de Nevers. Expôs na “Royal Academy” de Londres em 1904, desencarnado ainda jovem dezesseis anos depois, em 1920, com apenas 48 anos.
Não há como não se sentir bem e em paz ao apreciar qualquer uma das belíssimas obras de Émile Vernon. Suas modelos são de uma beleza suave sem qualquer afetação, e a mesma inocência retratada no semblante das crianças, é vista nos rostos de suas beldades, mesmo aquelas em pinturas mais "ousadas" que retratam uma sensualidade casta e pura.
É exatamente desse tipo de beleza que muito precisamos resgatar!
É a Arte que engrandece.
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